Por Ana Ferraz – da revista
CARTA CAPITAL
Em seu processo de criação,
Jorge Amado assumia o papel de executor das vontades de seus personagens. Em
Dona Flor e seus Dois Maridos (1966), o escritor queria que a protagonista
fosse embora com Vadinho, mas ela quis ficar com os dois maridos. Zélia Gattai,
a mulher, e Paloma, a filha, contam em depoimento gravado os caminhos criativos
do autor baiano, cujo centenário de nascimento ganha a exposição Jorge Amado e
Universal, parceria entre a Grapiúna, Fundação Casa de Jorge Amado, Secretaria
de Cultura do Governo de São Paulo e Museu da Língua Portuguesa.
“A mostra aproximará do grande público um dos
autores que melhor retrataram nosso povo através de seus cerca de 5 mil
personagens cheios de grandezas, fraquezas, sabedoria popular, sensualidade
encantadora, malícia, fé e esperança”, diz Antônio Carlos de Moraes Sartini,
diretor do Museu da Língua Portuguesa.
Em seis módulos, vida e obra de
Amado. Num deles, originais corrigidos à mão pelo autor, fotos, ilustrações das
obras publicadas em 50 países. Em outro, a Bahia reinventada pelo escritor. Na
Casa dos Milagres, as coloridas camisas do autor.
JORGE AMADO E UNIVERSAL: UM
OLHAR INUSITADO SOBRE O HOMEM E A OBRA
Até 22 de julho
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro, São
Paulo