A banda ultrapassou duas décadas de
difusão rítmica e parece estar eternamente jovem para jamais desaparecer.
Karnak decretou o fim de sua morte! |
A banda Karnak completou 21 anos
de existência. Ela surgiu em 1992, em São Paulo, com a liderança de André
Abujamra. Entre vinda e quase idas, Karnak tonou-se a banda da difusão. Do
folclore ao rock, eles usaram, e ainda usam, e abusam das expressões
artísticas. Assisti a um show completo da banda na SESC TV e não consegui sair
da cadeira para beber água, embora estivesse com muita sede. Ao final fiquei
revoltado. Estas coisas nunca aparecem por aqui pelas bandas do nosso Nordeste
com certa frequência. Tive a impressão de estar 20 anos atrasado em
versatilidade musical. A variedade de ritmos e estilos da banda ao longo dos
anos somaram-se ao grande número de pessoas no palco, algo bastante incomum. O
recorde foi com 15 homens, dois atores, uma bailarina e um cachorro — nada estranho
para eles. André Abujamra conta que Karnak durou oficialmente 10 anos, e após
esse período uma tentativa de parar foi frustrada. “Quando chegamos em 10 anos
eu disse: acabou, não aguento mais. Os fãs ficaram muito bravos e falam que
tinha que ter o Karnak”. No entanto, a
banda decidiu fazer um show por ano, que seria o de aniversário, mas foram
tantas apresentações que não conseguiram acabar com o Karnak. Depois disso:
“fizemos até um manifesto para que a banda se tornasse eterna. Um dia nós vamos
morrer, mas o meu filho vai tocar, os filhos dos outros integrantes também, e a
banda vai continuar”. Ainda bem! Karnak vai ser eterna. Desfrute então duas
letras de música da banda e um vídeo do You Tube.
Alma Não Tem Cor
Karnak
Alma não tem cor
Porque eu sou branco
Alma não tem cor
Porque eu sou negro
Branquinho, neguinho
Branco, negon
Alma não tem cor
Porque eu sou branco
Alma não tem cor
Porque eu sou jorge mautner
Percebam que a alma não tem cor
Ela é colorida
Ela é multicolor
Azul, amarelo, verde, verdinho,
marrom
Cê conhece tudo, cê conhece o
reggae
Cê conhece tudo né, cê só não se
conhece
Oxalá meu Pai
Karnak
Oxalá meu Pai tenha pena de nós,
tenha dó
Se a volta do mundo é grande Seus
poder é bem maior
Oh, meu São Sebastião, fostes
preso e amarrado
Nos livrai dos inimigo que nos
traz atropelado
Oh! Deus do céu
Oh! Grande Deus
Reforçai estes trabalhos para
sempre glorioso
Tem cinco filho, quatro neto, um
cunhado , uma mulher
Um cachorro desdentado uma
galinha garninzé
E essa galinha foi comida por
Emengarda Joaquina
Na cantina da colina da cidade de
Igapó
Severino ficou puto e contratou
um pistoleiro
Prá matar Emengarda que pulou lá
do puleiro,
Prá roubar sua galinha que lhe
dava muita sorte
E ele quer a sua morte, da
Joaquina que roubou
Emengarda foi embora da cidade de
Igapó
E levou tudo o que podia só não
levou sua vó
Tinha medo de Jacó um famoso
pistoleiro
Que queria lhe matar por muito
pouco dinheiro
Emengarda morreu foi Jacó quem
matou
Severino não chora, Severino
chorou
Com informações complementares do
portal Metrópolis.